foto de palmeiras vista de baixo no pôr-do-sol com o céu rosado

07 diferentes espécies de palmeira

A família das palmeiras é bastante diversificada o que felizmente possibilita na decoração, oferecendo muitas formas de posicioná-las. Por isso, não saem de moda e continuam sendo requisitadas por paisagistas e designers de interiores.

Geralmente os gêneros e espécies oferecem sempre a sensação de frescor a qualquer ambiente, sejam externos, internos, grandes ou pequenos, desde que tenham as condições adequadas para o bom desenvolvimento da planta.

A maioria possui estrutura completa com raiz, caule, folhas, flor e fruto, entretanto, algumas não são frutíferas. Uma característica que todas têm em comum é o ciclo de vida perene, ou seja, viverá por muitos anos.

Ornamentação com palmeiras sempre vai oferecer elegância e glamour, pensando nisso, nós do GPA Brasil selecionamos algumas espécies para você conhecer melhor.

Palmeira garrafa

foto da palmeira garrafa
S Molteno, CC BY-SA 4.0 https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0, via Wikimedia Commons

Nome científico: Hyophorbe lagenicaulis

Nativa das Ilhas Mascarenhas, sendo um arquipélago localizado no Oceano Índico, é uma espécie de palmeira bastante exótica. O nome foi dado devido ao caule grosso que parece uma garrafa.

É uma planta de pequeno porte, pois, pode crescer até 6 metros de altura. Suas folhas são verde-claro e aparecem no topo da planta, podem chegar a 3 metros de extensão, ou seja, metade do comprimento da planta.

Se desenvolve bem em localidades de clima equatorial, tropical, subtropical e oceânico, devido ao seu habitat de origem. Então gosta muito de regiões praianas.

A inflorescência brota na cor creme e apresenta frutos na fase adulta.

A palmeira garrafa gosta de solo bem drenado, ou seja, que possibilite o escoamento eficaz da água seja de regas ou de chuvas. E como é espécie praiana, o ideal é que tenha areia misturada ao substrato.

As regas devem ser frequentes após o plantio, mas nunca encharcando o solo. O solo deve ficar seco antes de receber a próxima rega, e, em estações mais frias a frequência deve ser reduzida.

As podas devem ocorrer sempre que surgirem folhas secas, mas, não deve ser cortada no caule, uma pontinha da folha deve permanecer. O adubo deve ser orgânico e próprio para palmeiras.

Gosta de ambientes quentes e bem ventilados, é bastante resistente a ventanias e tolera estiagens, mas, não se adapta muito bem a geadas, por exemplo.  

Palmeira rabo de raposa

foto da palmeira rabo de raposa
MANDISA VILANCULOS, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

Nome científico: Wodyetia bifurcata

Também conhecida apenas por rabo de raposa, essa palmeira é nativa da Austrália e da Oceania, quando utilizada em decorações é impossível não se destacar, está sendo casa vez mais requerida por paisagistas e assim como outras, é comercializada online.

É também uma espécie de pequeno porte e com crescimento relativamente rápido, pode atingir de 6 a 9 metros de altura se for cultivada da forma correta.

É original de regiões que apresentam clima subtropical, equatorial, oceânico e mediterrâneo, por isso, não precisa que o solo esteja sempre úmido.

A nomenclatura foi dada devido á forma como as folhas são organizadas, parecem felpudas como a cauda de uma raposa. São verdes e bastante finas.

As inflorescências são brancas e costumam brotar no verão, enquanto as frutos surgem no outono com coloração avermelhada ou alaranjada. O caule é fino e marrom-acinzentado, como na maioria das palmeiras.

As regas devem ocorrer de 2 a 3 vezes por semana em estações mais quentes como primavera e verão, nas estações mais frias diminua a frequência. Sempre verifique se o solo está seco antes de molhar novamente.

O solo deve ser bem drenado e conter pedras no fundo do vaso, se essa for sua forma de cultivo. Isso vai facilitar a saída da água e evitar que acumule em alguns pontos do substrato.

Utilize adubo orgânico e siga todas as recomendações da embalagem para ser bem aproveitado pela sua planta. Cultive em sol pleno e mantenha em ambientes bem ventilados.

A poda é feita naturalmente pela própria planta, quando secas, as folhas caem sozinhas.

Palmeira ráfis

foto da palmeira ráfis
Eric em SF, CC BY-SA 4.0 https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0, via Wikimedia Commons

Nome científico: Raphis excelsa

Também conhecida como palmeira dama, jupita ou  palmeira rápis, é uma espécie nativa da China que esbanja elegância e está se tornando muito atrativa para ser usada na ornamentação de interiores e exteriores.

É uma espécie de pequeno porte, pode atingir até 4 metros de altura. As folhas parecem a palma da mão aberta e apresentam uma coloração verde bem viva, apesar de pequenas.

Se desenvolve bem em localidades de clima tropical e subtropical, então, não é muito adepta a lugares úmidos. A inflorescência é amarela e essa palmeira é uma espécie frutífera. Ambos surgem na fase adulta da planta.

Um dos seus diferenciais é o caule, que difere das demais espécies por surgirem em conjunto e não apenas um, além de serem mais finos que os quais estamos acostumados a ver.

O solo deve ser bem drenado, então, coloque pedras no fundo do vaso para que a água não acumule no substrato. Essas pedras podem ser britas, cascalhos ou algo semelhante.

A rega deve ocorrer em torno de 2 vezes por semana, sempre verifique se o solo está seco antes de molhar, você pode se certificar disso colocando o dedo ou espetando um palito na terra. E muito cuidado para não encharcar o solo!

O ambiente ideal deve ser bem iluminado e bem ventilado, essa espécie tolera ventanias, mas não a deixe exposta a geadas. Deve ser colocada em local quente.

Faças a poda sempre que as folhas estiverem secas ou danificadas, use material cortante esterilizado para não haver a possibilidade de adoecer a planta.

O adubo deve ser orgânico e deverá ser trocado conforme as recomendações da embalagem.

Palmeira azul

foto da palmeira azul
Vengolis, CC BY-SA 4.0 https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0, via Wikimedia Commons

Nome científico: Bismarckia nobilis

A palmeira azul é considerada a rainha das palmeiras graças à sua exuberância, portanto, não vai passar despercebida independente da forma como for utilizada na decoração do seu espaço.

É nativa da Ilha de Madagascar, na África, sendo uma região que abriga algumas das espécies mais exóticas da família das palmeiras, por isso, essa espécie em questão se desenvolve bem em climas como tropical, subtropical, equatorial e mediterrâneo.

Faz parte do grupo das plantas de porte médio, pode atingir até 12 metros de altura em cultivo, na natureza pode chegar a 25 metros. As folhas são extensas, bem abertas e são o motivo do nome devido à sua cor verde azulada.

As inflorescências marrons brotam na primavera e dão lugar para os frutos no verão, que surgem em abundância para abrilhantar ainda mais a estética da planta.

As regas devem ser feitas conforme o solo for secando, a terra não deve ficar sempre úmida. É resistente a curtos períodos de estiagem, então não se preocupe se você precisar viajar por poucos dias e não houver outra pessoa para regar.

O solo deve ser bem drenado para garantir o escoamento da água e evitar que acumule no substrato e apodreça as raízes. Jamais deixe a terra encharcada.

O ambiente ideal deve conter bastante iluminação e ventilação. A melhor opção é que essa palmeira seja cultivada em sol pleno e não fique exposta a geadas. O substrato deve ser orgânico e pode ser facilmente encontrado em lojas especializadas, físicas ou online.

Palmeira imperial

foto de duas palmeiras imperiais lado a lado

Nome científico: Roystonea Oleracea  

Também conhecida como palmeira-real, essa espécie é a mais conhecida visualmente por nós brasileiros. É a mais comum de ser encontrada naturais como praias, pois, foi dada como presente príncipe D. João VI e instalada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Apesar de ser originária das Antilhas, Caribe, Venezuela e Colômbia, é muito comum ser encontrada aqui no Brasil em regiões litorâneas, por isso, lembra automaticamente o frescor das praias.

É uma espécie de grande porte, pois, pode atingir até 40 metros de altura, suas folhas são verdes, extensas e resistentes a ventanias, podem alcançar até 5 metros de comprimento.

O caule é relativamente fino e possui coloração marrom acinzentada, a inflorescência brota na primavera na cor branca e dá lugar aos frutos no verão, que surgem roxos ou pretos.

Em vasos ou qualquer ambiente limitado, fica compacta e se adapta facilmente.

As regas devem ocorrer sempre que o solo estiver seco e a quantidade de água que deve ser utilizada vai variar conforme o tamanho da planta. Não encharque o solo e aposte sempre em vasos que contenham furos embaixo.

O solo deve ser bem drenado e até um pouco arenoso, misture areia no substrato, vai agradar a espécie e vai fazer com que a terra fique solta. O adubo deve ser orgânico e você pode complementar com receitas caseiras.

É importante cultivar em sol pleno e locais frescos com boa circulação de ar que deixem o ambiente bem ventilado.

Palmeira areca

foto da palmeira areca
Krzysztof Ziarnek, Kenraiz, CC BY-SA 3.0 https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0, via Wikimedia Commons

Nome científico: Dypsis lutescens

Também conhecida como areca-bambu e palmeira de jardim, é uma espécie nativa da Ilha de Madagascar, localizada no continente africano é outra espécie que traz elegância para qualquer ambiente.

É uma espécie de pequeno porte, pois, não costuma ultrapassar os 3 metros de altura. As folhas são parecidas com as das demais palmeiras, entretanto, são mais sensíveis e menos resistentes, possuem coloração verde-claro.

A areca bambu é nativa de clima tropical, subtropical e equatorial, é importante saber disso, pois, influencia diretamente nos cuidados necessários para que a planta se desenvolva saudável.

A inflorescência surge como ramos e possuem cor creme, logo, surgirão os frutos que geralmente são verde-amarelados quando novos e quando maduros ficam roxos.

O caule, assim como o da palmeira ráfia, são em conjunto, uma única planta apresenta vários e de cor verde assim como as folhas.

As regas devem ser feitas em torno de 2 vezes por semana, sempre esperando o solo secar para que a próxima seja efetuada. Tenha sempre cuidado para não encharcar o solo, isso pode adoecer a planta.

O solo deve ser bem drenado, misture areia ao substrato para ficar mais solto, isso auxiliará na drenagem. Antes de depositar o substrato, coloque uma camada de pedras para que o escoamento água seja ainda mais efetivo.

O ambiente deve ser bem ventilado e iluminado, pode até ser um pouco úmido devido ao clima equatorial. Evite deixar a palmeira-areca exposta a geadas e ventanias. Faça a poda sempre que as folhas secarem.

Palmeira laca vermelha

foto da palmeira laca vermelha
Danielrengelm, CC BY-SA 4.0 https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0, via Wikimedia Commons

Nome científico: Cyrtostachys renda

Essa espécie é conhecida por diversos nomes como palmeira-laca, palma-de-cera, palmeira-de-cera, palmeira lacre e palmeira vermelha e é com certeza uma das mais exóticas.

A palma-de-cera é nativa da Ásia, Bornéu, Ilhas da Sonda, Indonésia, Malásia, Oceania e Tailândia, portanto, se desenvolve bem em localidades de clima equatorial, tropical, subtropical e oceânico.

Essa planta é de médio porte, pois, na natureza pode alcançar os 12 metros de altura. As folhas são organizadas por folículos e geralmente são verdes com as pontas avermelhadas ou alaranjadas, mas, o diferencial está mesmo no caule que é totalmente vermelho, motivo de algumas nomenclaturas.

A inflorescência é inicialmente verde, mas conforme amadurece, se torna vermelha também. Os frutos são pretos, dando um contraste estonteante à estrutura da palmeira lacre.

As regas devem ser espaçadas e a frequência vai depender do tempo que o solo levará para secar. Você nunca deverá encharcar a planta, fique atento (a).

O solo deve ser bem drenado, auxiliando diretamente no escoamento eficiente da água que virá das suas regas ou de chuvas. A dica das britas e cascalhos no fundo do vaso também é útil com essa espécie.

O ambiente precisa ter boa iluminação e ventilação moderada, além de serem quentes, então ambientes externos ou internos desde que seja possível a circulação do ar.

Outras espécies:

  1. Palmeira-real (Roystonea oleracea)
  2. Palmeira-anã (Chamaerops humilis)
  3. Palmeira-brava (Sabal palmetto)
  4. Palmeira-negra (Phoenix dactylifera)
  5. Palmeira-de-babosa (Opuntia ficus-indica)
  6. Palmeira-de-Macarthur (Corypha umbraculifera)
  7. Palmeira-de-Cocos (Cocos nucifera)
  8. Palmeira-de-Date (Phoenix dactylifera)
  9. Palmeira-imperial (Trachycarpus fortunei)
  10. Palmeira-das-Canárias (Phoenix canariensis)
  11. Palmeira-de-São Francisco (Washingtonia filifera)
  12. Palmeira-de-Wagner (Livistona chinensis)
  13. Palmeira-de-Bismarck (Borassus flabellifer)
  14. Palmeira-caraná (Euterpe edulis)
  15. Palmeira-acai (Euterpe oleracea)
  16. Palmeira-bambu (Guadua angustifolia)
  17. Palmeira-jabuticaba (Myrciaria jaboticaba)
  18. Palmeira-rinconera (Bactris gasipaes)
  19. Palmeira-xaxim (Dicksonia sellowiana)
  20. Palmeira-assai (Euterpe precatoria)
  21. Palmeira-buriti (Mauritia flexuosa)
  22. Palmeira-pupunha (Bactris setosa)
  23. Palmeira-pejibaye (Bactris gasipaes)
  24. Palmeira-macaúba (Acrocomia aculeata)
  25. Palmeira-patawa (Socratea exorrhiza)
  26. Palmeira-bacaba (Oenocarpus bacaba)
  27. Palmeira-buriti-mecânica (Mauritia vinifera)
  28. Palmeira-carnaúba (Copernicia prunifera)
  29. Palmeira-garapa (Eugenia stipitata)
  30. Palmeira-licuri (Syagrus coronata)
  31. Palmeira-macambira (Attalea maripa)
  32. Palmeira-miriti (Mauritia flexuosa)
  33. Palmeira-açaí (Euterpe oleracea)
  34. Palmeira-bacuri (Platonia insignis)
  35. Palmeira-massaranduba (Manilkara huberi)
  36. Palmeira-murumuru (Astrocaryum vulgare)
  37. Palmeira-pupunha (Bactris setosa)
  38. Palmeira-saija (Socratea exorrhiza)
  39. Palmeira-tucumã (Astrocaryum vulgare)
  40. Palmeira-jaboti (Myrciaria jaboticaba)

Possíveis pragas

A praga mais recorrente nas palmeiras é a broca-do-olho-das-palmeiras. Esses insetos podem aparecer como larvas ou como besouros pretos com aspecto aveludado. Esse inseto se instala e utiliza as fibras da própria planta para construir um casulo.

Pode atacar a planta em qualquer época do ano e possui hábitos diurnos, mais fácil de identificar. Além disso, exalam um odor forte.

Outra praga comum é o ácaro da necrose. É um inseto branco que utiliza a planta como alimento.

Os cupins também podem destruir a palmeira. São insetos encontrados no solo ou em objetos de madeira e se alimentam de celulose e esse é o principal elemento do caule das plantas.

As larvas da borboleta Brassolis sophorae também podem ser um problema para sua palmeira e são mais presentes na América do Sul. Sua aparência é a mesma de outras lagartas e possuem hábitos noturnos.

Sempre pode as folhas amareladas ou amarronzadas, retire também os frutos podres e as folhas mais murchas para que a planta continue saudável.

Caso as raízes apodreçam, tente podar, replantar ou utilizar algum fungicida. Mas evite esse transtorno não exagerando nas regas.

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Foto em destaque: Canva.

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