As palmeiras são uma febre no quesito ornamentação, isso ocorre, pois, existem diversas espécies e é possível ousar na organização fazendo com que o ambiente fique bem original.
Paisagistas de todo o mundo utilizam plantas dessa família e é uma opção que nunca sai de moda, graças a elegância e sensação de frescor que elas oferecem.
Nesse artigo, você vai conhecer a palmeira azul, a mais exótica dentre todos os gêneros, considerada a rainha das palmeiras devido à autenticidade que propõe.
Nós do GPA Brasil vamos te ensinar a regar, identificar doenças, lidar com pragas e outras dicas valiosas.
Sobre a planta
Reino: | Plantae |
Ordem: | Arecales |
Família: | Arecaceae |
Gênero: | Bismarckia |
Espécie: | Nobilis |
A palmeira azul é a única espécie do gênero Bismarckia, essa em questão é considerada de grande porte, pois, natureza pode atingir 25 metros de altura, entretanto, cultivada artificialmente não passa de 12 metros.
Suas folhas possuem um aspecto arredondado, bastante parecida com a palmeira-leque, além disso, também são grandes e resistentes. A nomenclatura popular foi dada devido à coloração das folhas, que, na verdade, não são realmente azuis e sim, uma tonalidade verde azuladas.
É uma planta muito elegante e seu cultivo deve ser em áreas amplas com bastante espaço. Seja no interior ou exterior da sua casa.
O caule, como em todas as palmeiras, é fino e amarronzado, mas, suporta bem o peso das folhas que podem chegar a 45 cm de diâmetro. As flores marrons também, bastante neutras e brotam na primavera.
E, apenas em plantas femininas surgem frutos que contém apenas uma semente, que costuma aparecer no verão.
As folhas são ficam na parte mais alta da planta e não necessitam de poda, pois, esse processo ocorre naturalmente, quando ficam secas, caem sozinhas. O seu trabalho será apenas recolher do chão.
Essa espécie é nativa da Ilha de Madagascar, localizada no continente africano. E ao contrário do que muitos pensam nem toda a extensão do continente apresenta clima árido, nessa ilha, por exemplo, o clima predominante é o tropical.
Dicas para cuidar da sua Palmeira
Quando decidimos cultivar plantas, primeiros é preciso saber qual a espécie e após isso, é preciso que você entenda a importância dos cuidados que deve ter com ela. Afinal, é um ser vivo e precisa de compromisso em relação a esses cuidados.
O primeiro passo é pesquisar sobre os locais de onde a planta é nativa, assim você entenderá o clima favorável ao crescimento saudável da espécie. E isso você já está fazendo.
Na pesquisa você também deverá identificar o solo adequado para plantio, a frequência de regas e quantidade de água ideal em cada rega.
Outro fator importante são as condições do ambiente, se deve ser bem ventilado, se a planta gosta de ficar suspensa, se gosta de meia sombra ou sol pleno assim por diante.
E por último e não menos importante, quais pragas costumam afetar essa planta e quais as atitudes e rotina necessária para combater esse problema.
Dessa forma vai ser possível que você tenha todas as informações necessárias para manter a planta com boa saúde durante todos os ciclos e por vários anos.
E no caso das palmeiras, é muito importante que você tenha noção de qual espécie adquiriu no ato da compra, ou se for o caso, qual foi escolhida pelo paisagista, já que apresentam diversas espécies.
Como regar
Como já foi dito aqui, a palmeira azul é nativa de localidades que apresentam clima tropical. Em regiões com esse tipo de clima, o inverno não é bem mercado e as temperaturas são médias, mas, com bastante presença de luz solar.
Devido ao ambiente ao qual seu DNA está adaptado, é uma espécie que ama solo seco e com boa drenagem, então, o recomendado é que você regue de 1 vez por semana. Sempre espere o solo secar para efetuar a próxima rega.
Para saber o momento ideal, esfregue o dedo na superfície do solo ou espete um palito para ter certeza de que já está seco por dentro.
Não tenha medo de regar, como é uma planta de médio porte, precisa de abundância de água que vai variar conforme o tamanho. Mas, fique sempre observando para não exagerar e acabar “afogando” a planta ou fazendo com que surjam fungos.
Palmeiras, ao contrário de suculentas, são uma categoria de planta que armazenam água.
Na natureza esperam pelas chuvas e se cultivadas artificialmente, ou seja, por humanos, dependem do seu compromisso.
Se você for do tipo que esquece, peça a alguém para molhar ou coloque lembretes e alarmes para sinalizar o dia e horário da rega.
Os melhores horários para regar plantas são ao amanhecer e ao anoitecer. Esses momentos são os mais adequados porque a luz do sol é inexistente ou está fraca e possibilita que o vegetal tenha mais tempo para absorver a água sem que o calor a faça evaporar rapidamente.
Como não possuem as folhas com textura aveludadas, está permitido que você borrife água nas folhas, assim você a manterá mais hidratada e protegida dos raios solares que podem queimar as folhas.
A palmeira azul, assim como a palmeira fênix e diversas outras, é mesmo uma espécie de crescimento lento, então não cometa o erro de pensar que é por falta de rega e aumentar a frequência. Isso pode facilmente matar sua planta.
Nunca deixe o solo ou vaso parecendo um lago, umidade em excesso pode criar um ambiente perfeito para o surgimento de fungos, vírus e bactérias difíceis ou impossíveis de tratar.
Apesar de o recomendado ser regar 1 vez na semana, você pode regar duas se o solo estiver seco. Palmeiras necessitam de espaço, então se for cultivada em vaso precisa ser um modelo grande e fundo.
Siga todas as nossas dicas e você não terá problema quanto a hidratação da sua planta. A água ajuda durante processo que a planta passa para germinar as sementes sendo utilizada na fotossíntese.
Como deve ser o solo
O solo de regiões tropicais, em condições normais e naturais são ricos em ferro e calcário. Bem nutritivo e com bom sistema de drenagem.
Para sua palmeira azul ter um bom desenvolvimento o solo deve se assemelhar ao original. Palmeiras como essa preferem solos arenosos, parecidos com regiões próximas às praias, se informe bem antes de começar a cultivar.
O mais adequado é que a planta fique diretamente plantada na terra para ter mais espaço, mas pode ser cultivada em vasos do material da sua preferência. O ideal é que seja feito de material resistente como gesso ou barro.
Esses vasos devem ter boa drenagem, pois, como você leu no tópico anterior, essa espécie gosta de solo com boa drenagem e isso é totalmente contrário a solos encharcados.
Para garantir esse aspecto, o vaso deve ter aqueles costumeiros furos na parte inferior para que a água possa escorrer e evitar que acumule, apodreça as raízes ou faça que a planta seja atacada por qualquer categoria de fungo, vírus ou bactéria.
Outra dica que colocamos sempre nos nossos artigos é quando for colocar a terra no vaso, colocar uma camada de pedras e cascalhos para garantir uma drenagem ainda mais eficiente, fazendo com que a água escorra ainda mais rápido. Essa camada deve ficar no fundo do recipiente, coloque antes do substrato.
O adubo ideal é preferencialmente um substrato orgânico.
Apesar de ser o que age de forma mais lenta, é o mais eficaz para a espécie. Na natureza, esse substrato vem de outras plantas mortas que fazem com que a terra fique nutritiva para a próxima que crescerá no local.
Mas, se preferir, existem algumas coisas que possivelmente são encontradas em casa e podem ser utilizadas para deixar o solo em que a planta está bem nutritivo e adequado para o crescimento adequado como casca de ovos, borra de café e casca de banana.
Esse também são compostos orgânicos.
Você também pode colocar algum composto de NPK e húmus de minhoca em lojas especializadas.
Qual o ambiente ideal
Essa espécie de palmeira, ao contrário de algumas outras, gosta e se desenvolve melhor em meia sombra ou pleno, ou seja, no mínimo 4 horas de sol diárias. Mas, pode ficar o dia todo.
Sua planta deve ser colocada em um ambiente que tenha boa iluminação e ventilação e, como são nativas de climas que abrangem praias, também são resistentes a ventanias.
Se for colocada embaixo de escadas, se certifique que é um local onde é possível que a planta receba os raios solares.
Na natureza, cresce maus rápido quando as chuvas de verão são mais fortes. O ideal é que não seja colocada em ambientes secos climatizados com ar condicionado.
Apesar de crescer bastante, se plantada em vasos, essa palmeira se adapta e fica pequena, mas, pode não alcançar todo o seu esplendor.
Decoração
Existel diversas opções de decoração disponíveis em fotos na internet, mas, uma coisa é certa, independente de onde e como for colocada, a palmeira azul com certeza vai ser o destaque.
Uma ótima opção é colocar outras espécies menores ao redor, o recomendado é que demandem todas dos mesmos cuidados, ou seja, mesmo tipo de solo, mesma frequência de regas, etc.
Se você quiser um contraste maior de cores, pode colocar uma orquídea suspensa na palmeira, por exemplo. Essa espécie gosta de ser cultivada no alto e vai garantir um diferencial na ornamentação.
Entretanto, o ideal é que seja utilizada para decoração de ambientes exteriores, ou seja, do lado de for a da casa, para que cresça e atinja seu potencial máximo.
Pode ser colocada dentro de casa se o local escolhido seguir esses requisitos. Mas, se estiver tudo conforme o recomendado nesse artigo, essa planta vai dar um belo destaque para o cômodo.
É perfeita para abrilhantar jardins graças à coloração das folhas, você pode deixar com um aspecto ainda mais elegante se colocar pedras amarronzadas ou brancas por cima da terra, independente de ser no vaso ou diretamente no chão.
Essa espécie de palmeira pode ser posta em jardins de inverno se o espaço for amplo ou pode ser colocada na entrada da casa, no jardim principal. Você pode fazer caminhos ou deixá-la isolada em algum ponto estratégico.
Se colocada em vasos, existem diversas opções disponíveis. Vasos coloridos ou texturizados. Mas tenha consciência de que vasos produzidos utilizando barro fazem com que a água evapore mais rápido.
Não é uma planta aromática, as palmeiras são conhecidas pela sensação de frescor que deixam no ambiente onde são colocadas.
Sinais da presença de fungos
- Manchas pardas próximas das nervuras das folhas;
- Pequenas manchas pretas que crescem deixando as folhas secas;
- Manchas circulares e pardas com bordas escuras;
- Manchas ovais na cor marrom escuro
- Folhas murchas e amareladas mesmo sendo novas;
- Apodrecimento de raízes e caule.
Para resolver problemas relacionados a fungos, você deverá se dirigir a alguma loja de jardinagem e comprar um fungicida, converse com o vendedor para saber qual o ideal e se a situação da sua planta tem conserto.
Você pode evitar isso não exagerando nas regas ou caso perceba que a planta está com as raízes podres ou folhas danificadas, faça a poda e o replantio.
Retire a planta do lugar, limpe o solo úmido e coloque outro mais seco, por último, coloque a palmeira de volta no lugar. Retire também as raízes danificadas.
Como lidar com pragas
Esse é um problema muito comum que pode ocorrer em qualquer categoria de planta, lidar com pragas e doenças é estressante e desgastante para quem cultiva e principalmente se for diagnosticado de tardiamente.
Você deverá checar sempre as folhas, caule, folhas e raízes diariamente para ter certeza de que está tudo bem.
A praga mais comum nessa espécie e em palmeiras geralmente é a broca-do-olho-das-palmeiras. Esses insetos podem aparecer como larvas ou como besouros pretos com aspecto aveludado. Esse inseto se instala e utiliza as fibras da própria planta para construir um casulo.
Pode atacar a planta em qualquer época do ano e possui hábitos diurnos, mais fácil de identificar. Além disso exalam um odor forte.
Para eliminá-los é necessário colocar uma armadilha que poderá ser comprada em alguma loja especializada. Essa armadilha terá um cheiro agradável para os insetos e vai atrair eles.
Outra praga comum é o ácaro da necrose.
É um inseto branco que utiliza a planta como alimento. Existem alguns remédios eficazes no combate dessa praga como abamectina, azadiractina, espirodiclofeno, fenpiroximato e hexitiazoxi que também poderão ser comprados em lojas especializadas.
Os cupins também podem destruir a palmeira. São insetos encontrados no solo ou em objetos de madeira e se alimentam de celulose e esse é o principal elemento do caule das plantas.
Para combate-los o recomendado é a utilização de inseticidas específicos para a praga você pode adicionar mais matéria orgânica no solo já que cupins costumam atacar solos mais fracos.
Outra alternativa é criar barreiras no solo ou utilizar inseticidas específicos para o controle de cupins.
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Vengolis, CC BY-SA 4.0 https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0, via Wikimedia Commons