[su_note note_color=”#cfeeff”]Quer aprender tudo sobre os Moluscos? Onde eles vivem, quem são eles, suas caracteristicas? Veja nosso guia completo escrito por uma especialista.[/su_note]
O filo Mollusca compreende o segundo maior em número de espécies, apresentando mais de 50.000 tipos de indivíduos, perdendo apenas para o Artropoda (dos artrópodes).
Se tratam de animais invertebrados com diferentes aspectos e habitats de vida: enquanto alguns podem viver no mar, outros podem ser de água doce e até mesmo terrestres (úmidos).
Quem são eles?
Formados por corpo mole e às vezes protegidos por uma concha calcária, o grupo abrange animais como ostras, mexilhões, caracóis, caramujos, lulas e polvos, sendo bastante diverso.
Destaca-se que eles não apresentam qualquer perigo para os seres humanos.
Seu tamanho pode variar muito dependendo de cada espécie: algumas apresentam poucos milímetros e outras podem chegar até vinte metros, como é o caso das lulas gigantes.
Características corporais
O corpo destes animais é dividido em três partes: cabeça, pés e massa visceral, sendo classificados como triblásticos, celomados e de simetria bilateral.
Partes do corpo do caracol.
Em espécies que possuem concha, a massa visceral fica localizada internamente a esta, compreendendo órgãos internos, como sistemas digestório e reprodutor do animal
A cabeça possui todos os órgãos relacionados com os sentidos (órgãos sensoriais) e seus pés são utilizados para o processo de locomoção, escavação ou fixação, podendo ser adaptados em tentáculos em alguns destes animais.
Quais são seus habitats?
Por se tratar de uma diversidade imensa de organismos, podemos encontra-los em vários ambientes: tanto em mares e água doce quanto na própria terra (neste caso úmida).
Vamos conferir agora alguns exemplos de organismos e seus respectivos habitats?
Lulas e polvos costumam habitar águas marinhas, nadando livremente. O caramujo marinho também é uma espécie que habita tais águas, arrastando-se nas rochas ou areias no fundo do mar.
As ostras e o marisco se fixam em rochas litorâneas, enquanto que o caramujo e a lesma preferem os ambientes terrestres úmidos, como hortas e jardins.
Qual é a importância da concha para os moluscos?
Muitos destes organismos possuem conchas, é o caso do caracol, caramujo, marisco e das ostras – dotados de conchas externas. Alguns mantém sua concha interna e reduzida, como a lula e outros não são dotados de tal estrutura, como o polvo.
Mas qual a função delas, afinal? Apesar das conchas não serem uma parte viva do corpo do animal, elas são responsáveis por proteger contra a ação de predadores, já que não são peçonhentos, defendendo seu corpo mole, além de prevenir o processo de dissecação pela perda de água.
A região do manto é responsável pela produção da concha do invertebrado através da ação de glândulas localizadas sob a pele. À medida que ele vai crescendo e envelhecendo, novo material é acrescentado à estrutura, podendo variar de forma e tamanho conforme o espécime.
Por este motivo, a concha (sua forma e tipo) geralmente é usada como critério para classificação dos moluscos.
Como é feita sua classificação?
Estes animais são divididos em três classes:
Gastrópodes:
São considerados univalves – possuem a concha formada por apenas uma peça (valva).
Seus hábitos de vida são bastante distintos, sendo que os terrestres respiram por pulmões e os aquáticos por brânquias
Na região da boca, os gastrópodes possuem uma estrutura chamada de rádula, que funciona como uma “língua” que faz a raspagem dos alimentos.
Na cabeça observam-se dois pares de tentáculos, que se assemelham a antenas, sendo que seus olhos se localizam nas extremidades do par mais longo.
Exemplos de gastrópodes: caracol e caramujo. A lesma também faz parte deste grupo, embora sua concha às vezes seja muito reduzida ou até inexistente.
Bivalves:
Considerando que o termo “bi” nos remete ao número dois, os bivalves são dotados de duas peças formando a concha.
A maioria dos seus integrantes são aquáticos e predominantemente da fauna marinho, tendo respiração branquial.
Sua alimentação, diferente dos gastrópodes, ocorre pelo processo de filtração – retirando o alimento de pequenas partículas contidas na própria água.
Por possuírem duas valvas, sua massa visceral fica completamente protegida dentro da concha. Mas apesar de ficarem protegidos no interior da estrutura, sua fecundação é externa e o pé pode se expandir para fora quando as conchas se abrem.
Exemplos de bivalves: mexilhões, ostras, vieiras, entre outros mariscos.
Cefalópodes:
Os cefalópodes são bem diferenciados dos outros dois grupos, apresentando uma cabeça grande com olhos bem desenvolvidos. Sua rádula, que participa do processo de raspagem do alimento, se localiza no interior da boca.
Seus pés são modificados em tentáculos alongados, podendo conter entre oito, dez ou mais tentáculos, dependendo de cada espécie. Seu sistema nervoso e olfato são bastante apurados, o que confere vantagens evolutivas com relação à outras espécies.
Por serem aquáticos, apresentam respiração branquial e fecundação interna, sendo que em algumas espécies já foi inclusive relatado o cuidado parental (como em polvos).
Exemplos de cefalópodes: polvo, náutilo e lula.
Você sabia que…
- Uma concha fóssil revela que os moluscos que hoje são pequenos já alcançaram até 2,5 metros em tempos passados?
- O caramujo do mar, por exemplo, já existia antes mesmo de os peixes surgirem na história do planeta?
- As pérolas são produzidas por ostras? Suas conchas também são utilizadas para confeccionar botões, pentes e outros objetos.